sexta-feira, 10 de agosto de 2007

O que é ensinar e o que é aprender em cada tendência pedagógica

Tendência Romântica
Ensinar: valorizando os interesses e necessidades da criança, enfatizando a ludicidade.
Aprender: de forma natural e espontânea.

Tendência Cognitiva
Ensinar: destacando a interação entre organismo e meio, considerando os estágios de desenvolvimento e também levando em conta fatores , como maturação, exercitação, aprendizagem social e equilibração.
Aprender: de forma ampla e dinâmica seguindo os estágios de Piaget.

Tendência Crítica
Ensinar: com ênfase no trabalho-jogo, formando a disciplina e a autoridade. Considerando que a criança tem seus direitos e deveres com a comunidade
Aprender: de forma significatica e prazeirosa.

Casimiro de Abreu


Meus oito anos


Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!


Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!


Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!


Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!


Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
— Pés descalços, braços nus —
Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!


Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!


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Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
— Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!